Uma história construída com esforço!

Acostumado a trabalhar desde muito cedo, Célio Pereira aprendeu prematuramente a dar valor às oportunidades que a vida dá. Em um puxadinho improvisado em casa, teve seu primeiro comércio, na zona rural de Coimbra, Minas Gerais. Aquele que tinha como proposta facilitar a vida das pessoas que iam até a cidade para fazer compras, num instante ficou pequeno para os sonhos ambiciosos e promissores do comerciante.

Perto dali, então, ele decidiu expandir seus horizontes e abriu um comércio à beira da estrada que dava para as cidades maiores, mas logo notou que precisava atrair a clientela. Com visão empreendedora e tino comercial invejáveis, Célio teve a ideia de construir um campo de futebol em frente ao comércio - com direito a times e campeonatos que movimentavam a vizinhança e atraiam dezenas de pessoas à venda.

Com o passar do tempo, as pessoas começaram a fazer suas compras na cidade e ao perceber tal mudança nos hábitos dos moradores locais, o então modesto comerciante viu que não dava para se acomodar. Foi onde começou a comprar e revender nos grandes comércios o feijão plantado pelos produtores rurais da região. Em pouco tempo, havia se tornado o maior fornecedor de feijão daquelas bandas.

Apesar do pouco estudo, Célio analisava com olhar especialista sobre aquele negócio e notou que precisava investir numa modernização que o ajudasse a oferecer um produto de extrema qualidade à população. Ele percebeu que o método "à granel" em que as pessoas costumam comprar o feijão era antiquado e que, num processo industrial poderia oferecer um produto mais limpo e que poupasse o tempo da dona de casa que tinha que catar minuciosamente os grãos no preparo do almoço.

Numa viagem a São Paulo, aquele empreendedor conheceu um engenheiro mecânico que, por já desenvolver maquinários que facilitavam a industrialização de arroz, topou participar de uma nova empreitada idealizada por Célio: o de desenvolver um maquinário que entregasse um feijão mais limpo, pronto para a mesa da mais exigente dona de casa.

Com contrato fechado, perseverança e muita garra, em um galpão adaptado em casa, nascia o Feijão Pereira. O sucesso imediato da marca e a preferência das donas de casa fizeram com que o lugar ficasse pequeno para a demanda que estava por vir. Sem qualquer incentivo das autoridades locais e por estar em uma área residencial, a Pereira teve que se mudar para a cidade de Cajuri, as margens da rodovia BR-120, na divisa com as cidades de Viçosa e Coimbra, onde permanece até hoje.

Com um projeto ousado no que se refere aos maquinários e ao espaço, a Cerealista Pereira se tornou em pouco tempo uma das maiores empresas do ramo, gerando mais de quatrocentos empregos diretos e com um catálogo de mais de cento e cinquenta produtos. Esse crescimento não para e hoje já são 40.000 m² de extensão além da expectativa de expansão para os próximos anos a pleno vapor.